Elas sempre foram uma peça-chave na minha vida, sempre estive cercada por elas; na minha casa, no colégio, na minha rua, na casa delas, nas viagens à casa de praia. Aonde eu fosse sempre levava pelo menos uma amiga. Tive amigas na infância que cresceram comigo, partilharam fases muito primárias de mim. Amigas na adolescência, cúmplices de muitos segredos e lágrimas. Amigas nas faculdades que conviveram com as maiores peculiaridades da minha vida. Todas viveram comigo os meus amores, as minhas dores, todas precisaram dos meus conselhos, dos meus sorrisos, dos meus abraços e todas trocamos laços da mais pura amizade... Todas. Eu sempre fui transparente com elas, vida aberta sem medos ou reservas... E o tempo implacável tratou de fragmentar essas relações. O tempo, inimigo fatal da vida, amigo leal da dor. Cada uma seguiu um rumo diferente; trabalhos, viagens, casamentos, filhos, outras amizades, alguns mal entendidos ou mesmo desentendimentos sérios... Hoje me pego lamentando tamanha dis...